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Constelações Sistêmicas

É uma prática terapêutica que visa resolver conflitos intergeracionais. À primeira vista, a técnica se assemelha em conteúdo ao psicodrama, em especial pela dramatização de situações e à psicoterapia breve por conta da ação rápida. Contudo, embora sejam semelhantes, não são iguais. A dinâmica permite Constelações individuais ou em grupo.

Na sessão são recriadas cenas que reproduzem os sentimentos e as emoções que o constelado carrega sobre sua família. Nas sessões de grupo, voluntários e colaboradores vivenciam esses acontecimentos. Em sessões individuais, bonecos ou outros recursos disponíveis - flechas, pedras, adesivos, figuras representativas - podem ser usados ​​para simbolizar os diferentes papéis do sistema.

Por que "Sistêmica"?

Todos estamos ligados, fazemos parte de um sistema formado pela família e por aqueles relacionamentos importantes (como o caso do casamento, oficial ou não, atual ou passado). Esse sistema é regido por três princípios que o impactam direta e profundamente: Pertencimento, Ordem e Equilíbrio. Quando desrespeitamos, ou não damos importância a tais princípios, cria-se um desequilíbrio que ultrapassará nossa geração, influenciando nas vidas de nossos descendentes, até que um movimento seja efetivamente tomado para "colocar o sistema em ordem". Esse movimento é a Constelação Sistêmica Familiar. Enquanto o sistema não é reequilibrado, estamos fadados aos ciclos repetitivos nos quais filhos e filhas recaem nos mesmos erros que condenaram pais, avós, bisavós ao fracasso, ao sofrimento, ao insucesso financeiro e/ou afetivo.

Os três Princípios

O direito de fazer parte, de pertencer, é de todos os membros de um sistema. O Pertencimento não é algo que podemos negar ou decidir se devemos ou queremos dar. Cada membro faz parte do sistema, não importa quais tenham sido suas ações, independentemente de merecimento ou questões de ordem moral. Quando “excluímos” o tio alcoólatra, ou a avó com Parkinson o sistema cria uma compensação e, fatalmente, algum descendente, de forma não consciente, apresentará uma tendência à bebida, por exemplo. Ordem tem a ver com hierarquia. Quem está no sistema há mais tempo, quem veio, nasceu ou se incorporou antes, tem precedência sobre os que vieram após. Hellinger definia os que vieram antes como “grandes”, merecedores de respeito (pais, avós, bisavós, ascendentes). Os outros são os “pequenos” (filhos, netos, descendentes). O Equilíbrio está vinculado aos demais relacionamentos, como no amor e nas amizades, onde se entende que todos chegaram ao mesmo tempo, sem precedência. Esse princípio estabelece a reciprocidade.

A Constelação Organizacional

Em uma empresa, independentemente de seu porte, se um pequeno negócio familiar ou uma grande organização com centenas de funcionários, se aplicam os mesmos princípios anteriormente citados. A empresa é um sistema, e seus sócios e colaboradores diretos e indiretos são, todos, parte desse sistema. O desrespeito ao princípio do Pertencimento, excluindo-se aqueles que contribuíram para o crescimento do empreendimento; ou à Ordem, à hierarquia, não se valorizando os mais antigos nos momentos de promoções e/ou premiações; ou ainda ao Equilíbrio, não remunerando adequadamente os colaboradores pelos serviços prestados à empresa, ou mesmo não pagando de forma justa os que a deixam, acabam por criar uma forma de autorregulação no sistema, trazendo à tona aquilo que foi excluído. Isso leva os colaboradores, de forma inconsciente a buscar o equlíbrio perdido, o que explica os casos de empresas que não conseguem manter bons funcionários, que seus produtos não "decolam" no mercado, que determinados setores têm péssimo ambiente de trabalho, dentre vários outros problemas. Essas questões podem ser facilmente identificadas e "curadas" através das Constelações Organizacionais.